“INVENTO PÁSSAROS QUE NINGUÉM CAÇA E MULHERES QUE NINGUÉM VESTE”
Nascida sob o céu de São Paulo, com a herança wabi-sabi dos avós japoneses sussurrando em seus pincéis, Jeane Satie encontrou no Líbano – através dos olhos de Aisha, sua filha transplantada para o Vale do Beqaa – a cor que faltava em sua paleta: a do pertencimento desenraizado.
Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Faculdade de Belas Artes, constrói telas onde:
5% acidentes controlados (excessos de ruídos e tintas escorrem como seiva e interferem na imagem real).
90% acrílico (sua base pulsante),
5% achados poéticos (penas de pássaros das ruas de Beirute)
SÉRIES QUE CONTAM SUA HISTÓRIA
1. OS PÁSSAROS DE BEIRUTE (2020–HOJE)
- Evolução: De criaturas (pós-explosão) a mensageiros de resiliência.
- Técnica: Acrílico + penas reais coladas + outros aleatórios
- Simbolismo: Pássaros-pipa que carregam em suas asas:
- As referências do Brasil (onde Aisha nasceu),
- Os traços do Japão ( porque o DNA não nega),
- A textura do Líbano (onde aprenderam a reconstruir juntas).
2. AS GODIVAS (2022–HOJE)
- Mulheres-esboço: Figuras multicoloridas, felizes em sua nudez essencial,
- Rostos “descaricatos” (para que toda mulher se veja),
- Corpos ausentes (como dança ou fuga?),
- Técnica única ou mista: Acrílico ou Acrílico + eventualmente óleo pastel (com os contornos que nunca se fecham).
- Inspiração: Aisha entrando na adolescência e Jeane revisitando sua própria juventude em São Paulo.

